Setor privado trata como escândalo intenção do governo de colocar Waguinho para tomar conta dos portos do Rio 1ul56

Em dezembro, Ministério Público Eleitoral do Rio pediu a inelegibilidade de Waguinho por suspeita de abuso de poder. Só os portos do Rio e de Itaguaí movimentam 57 bilhões de dólares por ano com importações e exportações. O prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos), em entrevista ao Estúdio i. Reprodução/GloboNews A intenção do presidente Lula de colocar o ex-prefeito de Belford Roxo Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, para tomar conta dos portos do Rio gerou indignação no setor privado de infraestutura. Publicamente, a possível designação está sendo tratada como ilegal. Reservadamente, como aberração. ➡️Em dezembro, o Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro pediu a inelegibilidade de Waguinho por suspeita de abuso de poder. Ele é investigado por usar a máquina pública para favorecer a campanha de seu sobrinho, Matheus Carneiro, à prefeitura de Belfort Roxo. O blog apurou que o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, resiste à pressão que vem de setores do PT fluminense, liderados pelo vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá. Lula é simpático à ideia. A indignação do setor privado levou a Associação Brasileira de Usuários de Portos, de Transportes e Logística a enviar um ofício ao ministro Silvio Costa, no qual pede esclarecimentos sobre os "critérios legais utilizados para validação da elegibilidade do Senhor Wagner dos Santos para o Cargo de Diretor-Presidente da PortosRio". A associação alega que Waguinho exerceu a presidência do Partido Republicanos no Rio até o dia 7 de maio de 2025 e que, portanto, não cumpriu a quarentena de 36 meses sem vínculo partidário. Como presidente da PortosRio, Waguinho exerceria controle sobre os portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Angra, Niterói e Forno. Só os portos do Rio e de Itaguaí movimentam 57 bilhões de dólares por ano com importações e exportações. Além do interesse econômico, os portos são uma questão sensível na segurança pública. Fontes da Polícia Federal e da Receita apontam o Porto de Itaguaí como área estratégia para milícia por conta do contrabando de armas e drogas. No ofício, o presidente da Associação, André de Seixas Ponce, ressalta que não tem nada "contra a pessoa do senhor Wagner dos Santos", mas que apenas está zelando pelo interesse público. O presidente Lula tem uma dívida de gratidão com Waguinho, por ele ter sido o único prefeito da Baixada Fluminense a dar palanque para o PT em 2022. Deu palanque, mas não entregou resultado: Bolsonaro venceu Lula na cidade no primeiro e segundo turnos. Mesmo assim, Lula deu a Waguinho o Ministério do Turismo. O cargo foi exercido pela esposa dele, a deputada federal Daniela Carneiro. Ela foi exonerada em meio a um escândalo após a divulgação de fotos em sua rede social com notórios milicianos. Pesou também o fato de ela ter se desfiliado no União Brasil. Procurado pelo blog, Waguinho não se pronunciou. 352wt

Setor privado trata como escândalo intenção do governo de colocar Waguinho para tomar conta dos portos do Rio

Em dezembro, Ministério Público Eleitoral do Rio pediu a inelegibilidade de Waguinho por suspeita de abuso de poder. Só os portos do Rio e de Itaguaí movimentam 57 bilhões de dólares por ano com importações e exportações. O prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos), em entrevista ao Estúdio i. Reprodução/GloboNews A intenção do presidente Lula de colocar o ex-prefeito de Belford Roxo Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, para tomar conta dos portos do Rio gerou indignação no setor privado de infraestutura. Publicamente, a possível designação está sendo tratada como ilegal. Reservadamente, como aberração. ➡️Em dezembro, o Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro pediu a inelegibilidade de Waguinho por suspeita de abuso de poder. Ele é investigado por usar a máquina pública para favorecer a campanha de seu sobrinho, Matheus Carneiro, à prefeitura de Belfort Roxo. O blog apurou que o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, resiste à pressão que vem de setores do PT fluminense, liderados pelo vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá. Lula é simpático à ideia. A indignação do setor privado levou a Associação Brasileira de Usuários de Portos, de Transportes e Logística a enviar um ofício ao ministro Silvio Costa, no qual pede esclarecimentos sobre os "critérios legais utilizados para validação da elegibilidade do Senhor Wagner dos Santos para o Cargo de Diretor-Presidente da PortosRio". A associação alega que Waguinho exerceu a presidência do Partido Republicanos no Rio até o dia 7 de maio de 2025 e que, portanto, não cumpriu a quarentena de 36 meses sem vínculo partidário. Como presidente da PortosRio, Waguinho exerceria controle sobre os portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Angra, Niterói e Forno. Só os portos do Rio e de Itaguaí movimentam 57 bilhões de dólares por ano com importações e exportações. Além do interesse econômico, os portos são uma questão sensível na segurança pública. Fontes da Polícia Federal e da Receita apontam o Porto de Itaguaí como área estratégia para milícia por conta do contrabando de armas e drogas. No ofício, o presidente da Associação, André de Seixas Ponce, ressalta que não tem nada "contra a pessoa do senhor Wagner dos Santos", mas que apenas está zelando pelo interesse público. O presidente Lula tem uma dívida de gratidão com Waguinho, por ele ter sido o único prefeito da Baixada Fluminense a dar palanque para o PT em 2022. Deu palanque, mas não entregou resultado: Bolsonaro venceu Lula na cidade no primeiro e segundo turnos. Mesmo assim, Lula deu a Waguinho o Ministério do Turismo. O cargo foi exercido pela esposa dele, a deputada federal Daniela Carneiro. Ela foi exonerada em meio a um escândalo após a divulgação de fotos em sua rede social com notórios milicianos. Pesou também o fato de ela ter se desfiliado no União Brasil. Procurado pelo blog, Waguinho não se pronunciou.