Empresário acusado de matar funcionários de ferro-velho em Salvador se apresenta e tem liberdade provisória concedida 4x6u

Marcelo Batista é proprietário do ferro-velho onde Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, trabalhavam e foram vistos pela última vez, em 4 de novembro de 2024, no bairro de Pirajá. Marcelo é dono do ferro-velho onde jovens trabalhavam Redes sociais O empresário Marcelo Batista da Silva acusado de matar Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, em Salvador, se apresentou voluntariamente, na segunda-feira (9), após meses foragido. Paulo Daniel e Matusalém desapareceram no dia 4 de novembro, após saírem para trabalhar como diaristas em um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador. Eles são dados como mortos pela Polícia Civil. O juiz Vilebaldo José de Freitas decidiu convencer liberdade provisória a Marcelo Batista e determinou medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de sair de Salvador e se afastar mais de 100 metros. Na decisão, o magistrado argumentou que a apresentação espontânea de Marcelo, acompanhada da entrega do aporte e um pedido formal de desculpas, demonstrou "arrependimento e respeito ao Judiciário". Segundo o juiz, a prisão preventiva contra Marcelo Batista foi revogada pela última vez, sendo substituída por mais severas medidas cautelares. O magistrado considerou que não havia provas de ameaça a testemunhas, nem indícios de que o acusado representasse perigo à ordem pública. Conforme a decisão, o descumprimento de qualquer uma das condições pode levar à imediata revogação da liberdade e à decretação de nova prisão preventiva, sem necessidade de oitiva prévia, o ato de ouvir uma pessoa em um processo legal, seja testemunha ou réu. Jovens desapareceram após saírem para trabalhar na capital baiana TV Bahia Relembre o caso Marcelo Batista é o proprietário do estabelecimento, onde os rapazes trabalharam por cerca de três semanas. No dia 27 de março, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o empresário e o soldado da Polícia Militar Josué Xavier Pereira pelos homicídios dos jovens. Segundo o órgão, os crimes foram cometidos por motivo torpe, meio cruel, com recursos que dificultaram as defesas das vítimas e ocultação dos cadáveres. Em 31 de março, a Justiça da Bahia acatou a denúncia do MP-BA, tornando réus Marcelo e Josué e decretou mais uma vez a prisão preventiva do empresário. A audiência de instrução dos acusados está agendada para o dia 16 de junho. Marcelo era procurado pela polícia desde novembro de 2024, quando a prisão preventiva foi determinada pela primeira vez. No entanto, em março deste ano, foi concedida a liberdade provisória e ele ou a não ser mais considerado foragido até a nova decisão no fim daquele mês. Empresário suspeito e manchas no carro: o que se sabe sobre desaparecimento de funcionários de ferro-velho na Bahia Laudos periciais apontam que funcionários de ferro-velho desaparecidos em Salvador foram mortos, diz polícia Empresário investigado por desaparecimento de funcionários na Bahia é apontado como mandante de dois assassinatos Em contato com a produção da TV Bahia, os advogados de Marcelo esclareceram que o pedido de prisão foi motivado pelo descumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça. A defesa detalhou que, quando o juiz revogou a prisão anterior, ele determinou algumas condições, como a proibição de Marcelo se ausentar do estado, a obrigatoriedade de comparecer mensalmente ao fórum e o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, como as medidas não foram cumpridas, o juiz, seguindo a legislação, solicitou novamente a prisão. Os advogados não justificaram por que o homem violou essas medidas. A defesa do empresário também informou que protocolou um novo pedido de revogação da prisão e disse que, agora, a decisão depende da avaliação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e do juiz responsável pelo caso. Segundo os advogados, Marcelo se apresentará à Justiça no momento que considerar oportuno. Em março, outros dois envolvidos no caso também tiveram liberdade concedida. No entanto, não foi detalhado o envolvimento dos homens no crime, que segue sob investigação. O caso está em segredo de Justiça. Famílias lutam por justiça De acordo com a mãe de Paulo Daniel, Marineide Pereira, dias antes do desaparecimento, os rapazes teriam sido acusados pelo empresário de roubar um gerador. Em entrevista à TV Bahia na época do desaparecimento, ela assegurou que Paulo Daniel não tinha envolvimento com a criminalidade. "Só quero meu filho, vivo ou morto. Ele não é ladrão, vagabundo, marginal. Eu não sou mãe de tapar o olho, se ele fosse errado, tinha que pagar pela Justiça, mas não é o caso", afirmou. Sete meses após o desaparecimento do filho, Marineide cobra por respostas das autoridades e enfrenta uma depressão. Ela ainda precisa lidar com o neto, de 3 anos, que clama pela presença do pai. O menino já fez aniversário, viveu o primeiro dia de aula e aprendeu suas primeiras frases após o 3f353m

Empresário acusado de matar funcionários de ferro-velho em Salvador se apresenta e tem liberdade provisória concedida

Marcelo Batista é proprietário do ferro-velho onde Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, trabalhavam e foram vistos pela última vez, em 4 de novembro de 2024, no bairro de Pirajá. Marcelo é dono do ferro-velho onde jovens trabalhavam Redes sociais O empresário Marcelo Batista da Silva acusado de matar Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, em Salvador, se apresentou voluntariamente, na segunda-feira (9), após meses foragido. Paulo Daniel e Matusalém desapareceram no dia 4 de novembro, após saírem para trabalhar como diaristas em um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador. Eles são dados como mortos pela Polícia Civil. O juiz Vilebaldo José de Freitas decidiu convencer liberdade provisória a Marcelo Batista e determinou medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de sair de Salvador e se afastar mais de 100 metros. Na decisão, o magistrado argumentou que a apresentação espontânea de Marcelo, acompanhada da entrega do aporte e um pedido formal de desculpas, demonstrou "arrependimento e respeito ao Judiciário". Segundo o juiz, a prisão preventiva contra Marcelo Batista foi revogada pela última vez, sendo substituída por mais severas medidas cautelares. O magistrado considerou que não havia provas de ameaça a testemunhas, nem indícios de que o acusado representasse perigo à ordem pública. Conforme a decisão, o descumprimento de qualquer uma das condições pode levar à imediata revogação da liberdade e à decretação de nova prisão preventiva, sem necessidade de oitiva prévia, o ato de ouvir uma pessoa em um processo legal, seja testemunha ou réu. Jovens desapareceram após saírem para trabalhar na capital baiana TV Bahia Relembre o caso Marcelo Batista é o proprietário do estabelecimento, onde os rapazes trabalharam por cerca de três semanas. No dia 27 de março, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o empresário e o soldado da Polícia Militar Josué Xavier Pereira pelos homicídios dos jovens. Segundo o órgão, os crimes foram cometidos por motivo torpe, meio cruel, com recursos que dificultaram as defesas das vítimas e ocultação dos cadáveres. Em 31 de março, a Justiça da Bahia acatou a denúncia do MP-BA, tornando réus Marcelo e Josué e decretou mais uma vez a prisão preventiva do empresário. A audiência de instrução dos acusados está agendada para o dia 16 de junho. Marcelo era procurado pela polícia desde novembro de 2024, quando a prisão preventiva foi determinada pela primeira vez. No entanto, em março deste ano, foi concedida a liberdade provisória e ele ou a não ser mais considerado foragido até a nova decisão no fim daquele mês. Empresário suspeito e manchas no carro: o que se sabe sobre desaparecimento de funcionários de ferro-velho na Bahia Laudos periciais apontam que funcionários de ferro-velho desaparecidos em Salvador foram mortos, diz polícia Empresário investigado por desaparecimento de funcionários na Bahia é apontado como mandante de dois assassinatos Em contato com a produção da TV Bahia, os advogados de Marcelo esclareceram que o pedido de prisão foi motivado pelo descumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça. A defesa detalhou que, quando o juiz revogou a prisão anterior, ele determinou algumas condições, como a proibição de Marcelo se ausentar do estado, a obrigatoriedade de comparecer mensalmente ao fórum e o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, como as medidas não foram cumpridas, o juiz, seguindo a legislação, solicitou novamente a prisão. Os advogados não justificaram por que o homem violou essas medidas. A defesa do empresário também informou que protocolou um novo pedido de revogação da prisão e disse que, agora, a decisão depende da avaliação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e do juiz responsável pelo caso. Segundo os advogados, Marcelo se apresentará à Justiça no momento que considerar oportuno. Em março, outros dois envolvidos no caso também tiveram liberdade concedida. No entanto, não foi detalhado o envolvimento dos homens no crime, que segue sob investigação. O caso está em segredo de Justiça. Famílias lutam por justiça De acordo com a mãe de Paulo Daniel, Marineide Pereira, dias antes do desaparecimento, os rapazes teriam sido acusados pelo empresário de roubar um gerador. Em entrevista à TV Bahia na época do desaparecimento, ela assegurou que Paulo Daniel não tinha envolvimento com a criminalidade. "Só quero meu filho, vivo ou morto. Ele não é ladrão, vagabundo, marginal. Eu não sou mãe de tapar o olho, se ele fosse errado, tinha que pagar pela Justiça, mas não é o caso", afirmou. Sete meses após o desaparecimento do filho, Marineide cobra por respostas das autoridades e enfrenta uma depressão. Ela ainda precisa lidar com o neto, de 3 anos, que clama pela presença do pai. O menino já fez aniversário, viveu o primeiro dia de aula e aprendeu suas primeiras frases após o desaparecimento de Paulo Daniel. Buscas na represa da Barragem do Cobre O que se sabe sobre desaparecimento de funcionários de ferro-velho na Bahia No dia 6 de dezembro de 2024, a Polícia Civil reforçou as buscas por Paulo Daniel e Matusalém após uma denúncia de que os corpos dos dois foram descartados na represa da Barragem do Cobre, no bairro de Pirajá, na capital baiana. Segundo detalhou o delegado José Nelis Araújo, à frente das investigações, o suspeito frequentava o local e conhecia o terreno, que é conhecido como área de desova. “Aliado a laudos periciais e outros elementos coletados nas apurações, a prisão de mais dois investigados, que podem ter participação nos fatos, vai possibilitar o avanço na elucidação do crime e na responsabilização de todos os envolvidos”, afirmou. Mergulhadores do Corpo de Bombeiros trabalharam na área para verificar a informação. A operação envolveu cinco equipes, incluindo 20 policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), além dos bombeiros. Soldado da PM solto Em janeiro deste ano, o soldado da Polícia Militar (PM) Josué Xavier, também suspeito de envolvimento nas mortes, foi solto após o fim do prazo da prisão temporária. Com a soltura, o militar voltou a fazer parte do quadro da corporação, mas para atuar no setor istrativo até o fim das investigações. Ele é lotado na 19ª Companhia Independente (CIPM), em Paripe. Além do policial, o gerente do ferro-velho, Wellington Barbosa, conhecido como "Cabecinha", também foi preso. Ele cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, porque foi diagnosticado com hanseníase, doença que pode atingir a pele e nervos, causando incapacidades físicas. Na última vez que falou sobre o assunto, o delegado José Nélis, da 3ª Delegacia de Homicídios, responsável pelas investigações, disse que ainda não era possível afirmar a participação de cada um dos presos na ação. Ainda assim, as apurações da Polícia Civil já concluíam que Paulo Daniel e Matusalém foram mortos. Quem é Marcelo Batista da Silva? Local onde os jovens trabalhavam em Salvador TV Bahia Marcelo Batista da Silva é o dono do empreendimento. Além do mandado de prisão em aberto em relação ao desaparecimento dos dois jovens, o nome do empresário aparece em investigações a respeito de outros crimes. Segundo a polícia, ele é: investigado por duplo homicídio; investigado por tentativa de homicídio; suspeito de envolvimento com milícia e facção criminosa; responde por violência doméstica contra a ex-mulher. Na Justiça do Trabalho, o homem responde a nove processos que estão em tramitação. Outros 60 foram arquivados. As acusações abordam descumprimento de pagamento de salário, horas extras, assédio sexual e tortura. Mais de 40 dias após funcionários de ferro-velho desaparecerem em Salvador, policial e gerente do local são presos Caso ferro-velho: Polícia Civil reforça buscas por desaparecidos e pede a prisão de mais dois suspeitos Carro de patrão de jovens desaparecidos em Salvador é incendiado; empresário é acusado de sequestro por famílias Ao longo das investigações sobre o desaparecimento dos jovens, o carro do suspeito foi periciado após ser encontrado em uma loja especializada em veículos de alto patrão, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Avaliado em R$ 750 mil, o carro foi deixado no local por outro homem, que solicitou a troca dos bancos alegando ter adquirido o bem com alguns pontos de sujeira. Para a Polícia Civil, a suposta sujeira pode se tratar de vestígios de sangue dos rapazes. A versão dada pelo empresário, em 8 de novembro, antes de ter o mandado de prisão expedido, é que teve cinco toneladas de fardo de alumínio furtados em dois meses e que conseguiu recuperar 500 quilos em 3 de novembro, após seguir o caminhão usado no crime. Segundo ele, no dia 4 de novembro, enquanto registrava ocorrência policial contra um terceiro funcionário, que não teve o nome divulgado, Paulo Daniel e Matusalém foram flagrados em outro furto à empresa. Marcelo Batista ainda informou que planejava ligar para a polícia, para fazer um flagrante no dia seguinte e recuperar a carga roubada. No entanto, segundo ele, os jovens não apareceram para trabalhar e nunca mais entraram em contato. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia ????