Caso Marielle: Conselho de Ãtica aprova cassação do deputado Brazão 51po
O Conselho de Ãtica da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (28), por 15 votos favoráveis, um voto contrário e uma abstenção, o parecer que pede a cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem Partido-RS), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O único voto contrário foi o do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e a abstenção foi do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). NotÃcias relacionadas:Relatora pede cassação de Brazão e cita relação dele com milÃcias.Relatora conclui voto e Conselho de Ãtica analisa caso Brazão dia 28.No STF, delegado confirma ligação de irmãos Brazão com milÃcias no RJ.A defesa do deputado tem cinco dias úteis para recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Para que o parlamentar perca o mandato, o parecer ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Casa. A colega de partido de Marielle, a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP), chorou ao falar do assassinato da vereadora e destacou a expansão das milÃcias no Rio de Janeiro. BrasÃlia (DF) Deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Foto: Joédson Alves/Agência Brasil âEra uma parlamentar exemplar, que teve um legado fundamental para as mulheres brasileirasâ, afirmou, acrescentando que ela atuava âem defesa das pessoas mais vulneráveis, e que foi assassinada de forma brutal, junto com seu motorista, por um desses grupos perigosÃssimos, criminosos, que atuam no Rio de Janeiro. E que só atuam, só têm força, porque têm relações profundas com autoridades polÃticas no nosso paÃs, que estão nas câmaras municipais, estaduais, federais, estão no Tribunal de Contas, estão na PolÃcia e estão no Judiciárioâ, desabafou. A cassação de Chiquinho Brazão foi defendida inclusive por parlamentares que votaram pela soltura do parlamentar, quando ele foi preso, em março deste ano, acusado de obstrução da Justiça. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) disse que votou pela sua soltura porque entendeu que a prisão foi ilegal.  âO Parlamento errou quando autorizou a prisão de forma ilegal. Mas agora o Parlamento está acertando, fazendo o seu papel e mostrando à sociedade brasileira que não compactuamos com qualquer tipo de conduta que quebre o decoro parlamentarâ, disso o parlamentar paraibano. Também se manifestou o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) destacando que o Parlamento não pode fechar os olhos para o caminho que seguiu o estado do Rio de Janeiro. âExemplo tÃpico para onde não devemos ir. à o conluio da atividade criminosa, da milÃcia e do tráfico com as autoridades constituÃdas, que se misturam nos seus interesses escusos, aqui expostos nessa representação apreciada neste colegiadoâ, afirmou. Relatório A relatora do caso, a deputada Jack Rocha (PT-ES), concluiu seu voto pedindo a cassação do mandato de Brazão, argumentando que a acusação é âverossÃmil e sustentada por evidências significativasâ. Segundo Rocha, o relatório da PolÃcia Federal mostra um âquadro perturbador de corrupção e crime organizadoâ nas supostas relações da famÃlia Brazão com grupos milicianos do Rio de Janeiro. Usando o argumenta da preservação da âhonra coletivaâ do Parlamento, a deputada apresentou seu parecer alegando que as acusações que pesam contra o deputado Brazão mancham a imagem do Legislativo. âA percepção pública de que a Câmara dos Deputados abriga e protege indivÃduos envolvidos em atos ilÃcitos compromete a legitimidade do parlamento e enfraquece a confiança dos cidadãos na capacidade da Casa de legislar com integridadeâ, acrescentando que essa situação causa âirreparáveis danos à imagem da Câmaraâ. Defesa Antes da leitura do parecer, o parlamentar Chiquinho Brazão, atualmente preso, falou por videoconferência ao Conselho de Ãtica. Chiquinho voltou a defender sua inocência, destacando que tinha uma boa relação com Marielle e que não tem qualquer relação com a milÃcia do Rio de Janeiro. BrasÃlia (DF) 28/08/2024 Reunião do Conselho de ética da Câmara. Conselho de Ãtica aprova parecer pela cassação de Chiquinho Brazão. Foto Lula Marques/ Agência Brasil âA vereadora Mariele era minha amiga, comprovadamente, nas filmagens. Não teria qualquer motivo [para o crime] porque nós sempre fomos parceiros e 90% da minha votação e da dela coincidemâ, disse, acrescentando que âse pegar as filmagens, como tem aà diversas, ela falando de mim, falando bem. Aliás, a Marielle saÃa do lugar dela e pedia à s vezes uma bala, um chiclete [para mim]â. Brazão reforçou que, contra ele, só existe a delação premiada do policial Ronnie Lessa, preso por ter executado a vereadora e o motorista Anderson Gomes. Segundo Brazão, ele andava sozinho tanto em áreas controladas por milÃcias, quanto pelo tráfico de drogas. âEu sou acusado de participação de milÃcia porque eu levo obras para as comunidadesâ, afirmou. Caso Marielle Em março de 2018, a vereadora do PSOL Marielle Franco foi assas 3r6449



O único voto contrário foi o do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e a abstenção foi do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA).
NotÃcias relacionadas: 3d4gx
- Relatora pede cassação de Brazão e cita relação dele com milÃcias.
- Relatora conclui voto e Conselho de Ãtica analisa caso Brazão dia 28.
- No STF, delegado confirma ligação de irmãos Brazão com milÃcias no RJ.
A colega de partido de Marielle, a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP), chorou ao falar do assassinato da vereadora e destacou a expansão das milÃcias no Rio de Janeiro.
âEra uma parlamentar exemplar, que teve um legado fundamental para as mulheres brasileirasâ, afirmou, acrescentando que ela atuava âem defesa das pessoas mais vulneráveis, e que foi assassinada de forma brutal, junto com seu motorista, por um desses grupos perigosÃssimos, criminosos, que atuam no Rio de Janeiro. E que só atuam, só têm força, porque têm relações profundas com autoridades polÃticas no nosso paÃs, que estão nas câmaras municipais, estaduais, federais, estão no Tribunal de Contas, estão na PolÃcia e estão no Judiciárioâ, desabafou.
A cassação de Chiquinho Brazão foi defendida inclusive por parlamentares que votaram pela soltura do parlamentar, quando ele foi preso, em março deste ano, acusado de obstrução da Justiça. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) disse que votou pela sua soltura porque entendeu que a prisão foi ilegal. Â
âO Parlamento errou quando autorizou a prisão de forma ilegal. Mas agora o Parlamento está acertando, fazendo o seu papel e mostrando à sociedade brasileira que não compactuamos com qualquer tipo de conduta que quebre o decoro parlamentarâ, disso o parlamentar paraibano.
Também se manifestou o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) destacando que o Parlamento não pode fechar os olhos para o caminho que seguiu o estado do Rio de Janeiro.
âExemplo tÃpico para onde não devemos ir. à o conluio da atividade criminosa, da milÃcia e do tráfico com as autoridades constituÃdas, que se misturam nos seus interesses escusos, aqui expostos nessa representação apreciada neste colegiadoâ, afirmou.
Relatório 1w123n
A relatora do caso, a deputada Jack Rocha (PT-ES), concluiu seu voto pedindo a cassação do mandato de Brazão, argumentando que a acusação é âverossÃmil e sustentada por evidências significativasâ. Segundo Rocha, o relatório da PolÃcia Federal mostra um âquadro perturbador de corrupção e crime organizadoâ nas supostas relações da famÃlia Brazão com grupos milicianos do Rio de Janeiro.Â
Usando o argumenta da preservação da âhonra coletivaâ do Parlamento, a deputada apresentou seu parecer alegando que as acusações que pesam contra o deputado Brazão mancham a imagem do Legislativo.
âA percepção pública de que a Câmara dos Deputados abriga e protege indivÃduos envolvidos em atos ilÃcitos compromete a legitimidade do parlamento e enfraquece a confiança dos cidadãos na capacidade da Casa de legislar com integridadeâ, acrescentando que essa situação causa âirreparáveis danos à imagem da Câmaraâ.Â
Defesa 1a5h34
Antes da leitura do parecer, o parlamentar Chiquinho Brazão, atualmente preso, falou por videoconferência ao Conselho de Ãtica. Chiquinho voltou a defender sua inocência, destacando que tinha uma boa relação com Marielle e que não tem qualquer relação com a milÃcia do Rio de Janeiro.
âA vereadora Mariele era minha amiga, comprovadamente, nas filmagens. Não teria qualquer motivo [para o crime] porque nós sempre fomos parceiros e 90% da minha votação e da dela coincidemâ, disse, acrescentando que âse pegar as filmagens, como tem aà diversas, ela falando de mim, falando bem. Aliás, a Marielle saÃa do lugar dela e pedia à s vezes uma bala, um chiclete [para mim]â.
Brazão reforçou que, contra ele, só existe a delação premiada do policial Ronnie Lessa, preso por ter executado a vereadora e o motorista Anderson Gomes. Segundo Brazão, ele andava sozinho tanto em áreas controladas por milÃcias, quanto pelo tráfico de drogas. âEu sou acusado de participação de milÃcia porque eu levo obras para as comunidadesâ, afirmou.
Caso Marielle 665615
Em março de 2018, a vereadora do PSOL Marielle Franco foi assassinada a tiros no centro do Rio de Janeiro, junto com seu motorista Anderson Gomes. Depois de diversas reviravoltas na investigação desse homicÃdio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra os supostos mandantes.
Além do deputado Chiquinho Brazão, foram denunciados como mandates o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro; e o ex-chefe da PolÃcia Civil do estado, Rivaldo Barbosa.
Em depoimento ao STF, o delegado do caso, Guilhermo de Paula Machado Catramby, da PolÃcia Federal (PF), afirmou que a atuação de Marielle contra um projeto de lei sobre a regularização fundiária na zona oeste contrariou os interesses polÃticos e econômicos de Brazão na região, motivo pelo qual eles decidiram matá-la. Marielle desejava destinar essas áreas para a moradia popular.Â
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