Arcabouço fiscal deve ter vida longa, defende Haddad 656632
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta quarta-feira (16), que o governo quer garantir que o arcabouço fiscal tenha âvida longaâ. Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dirigentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Palácio do Planalto, Haddad comentou sobre o conjunto de medidas de corte de gastos que deve ser apresentado pela equipe econômica para alcançar as metas de resultado primário. âQuando [a economia] cresce você tem espaço para que a despesa cresça um pouco menos, mas também acompanhe o desenvolvimento do paÃs, mas num padrão e ritmo coerente com a nossa realidade atual. à essa equação que nós queremos fechar até o final do anoâ, explicou, lembrando que há preocupação com a dinâmica futura do arcabouço fiscal, que é o conjunto de regras que determina a gestão das contas públicas do paÃs, da dinâmica entre receitas e despesas. NotÃcias relacionadas:Haddad diz que governo pode rever projeção para o PIB.Plano de corte de gastos será levado a Lula após segundo turno.âO arcabouço tem que ter vida longa, ele não pode ser algo como aconteceu com o teto de gastos. Todo mundo que olhava para o teto de gastos sabia que ele teria vida curtaâ, disse. O ministro informou que o governo vai dialogar com os lÃderes parlamentares na retomada do Congresso após as eleições municipais. âO arcabouço fiscal foi desenhado a muitas mãos, com grande participação no Congresso, então temos condição de olhar para frente e fazer as partes caberem no todo dinamicamente, fazer a evolução da despesa respeitar os constrangimentos pelos quais a economia brasileira a hoje, em função da herança recebida, do nÃvel de endividamento e tudo maisâ. Segundo Haddad, a Febraban apontou vários caminhos para a sustentabilidade fiscal, desde o equilÃbrio da Previdência e âos efeitos de ter ou não perÃcia sobre a concessão de benefÃciosâ. No encontro, a entidade bancária fez um balanço da reforma trabalhista e do diálogo que mantêm com os sindicatos para âaperfeiçoar o padrão de relacionamento com os trabalhadores, evitando a judicialização desnecessária que implica em custos que vão acabar batendo no custo de créditoâ. Juros altos A reunião com o presidente Lula ocorreu a pedido da Febraban para que a instituição pudesse apresentar sua visão sobre a conjuntura econômica e outros temas. Além de Haddad, estavam presentes o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o presidente-executivo da Febraban, Isaac Sidney, e os presidentes dos maiores bancos privados do paÃs - Itaú, Bradesco, Santander e BTG. Durante o encontro, Lula deu aval para o debate sobre as causas que fazem com que os juros bancários sejam tão elevados no paÃs. A pedido da Febraban, ainda em outubro, deve ser instalado um grupo de trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, que reúne representantes de diversos segmentos da sociedade. âPercebemos que é um firme compromisso do governo em avançar na busca efetiva do equilÃbrio fiscal, para que as despesas possam, não só caber dentro do orçamento, mas para que possa se equilibrar, para que nós possamos ter uma trajetória de equilÃbrio das despesas. Essa é uma agenda importante. Nós dissemos ao presidente que é fundamental dissipar os ruÃdos, as incertezasâ, disse o presidente-executivo da Febraban, Isaac Sidney. âO Brasil atravessa um momento de conjuntura econômica bastante positiva, bastante favorável, com a atividade econômica crescendo no patamar elevado, com surpresas de crescimento, com a inflação sobre controle. Mas nós acreditamos que esse é o momento de aproveitar essa janela que o Brasil está crescendo, com a inflação controlada, para que a gente possa, do ponto de vista estrutural, atacar alguns problemas importantesâ, acrescentou o executivo. Segundo ele, o desejo do setor bancário é ter juros da economia baixos para democratizar o o ao crédito no paÃs. âAos bancos não interessam termos taxas de juros elevadas. Quanto mais altos forem os juros bancários, maior o risco de crédito, maior a inadimplência. O que nós queremos é um ambiente de crédito sadio que possa permitir condições mais favoráveis de concessão de crédito para as famÃlias, para as empresasâ, disse, defendendo que o Banco Central possa reiniciar, âassim que possÃvelâ, o ciclo de queda da taxa de juros no paÃs. Selic Para controlar a inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de PolÃtica Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o colegiado elevar os juros. pela primeira vez em mais de dois anos, na última reunião, em setembro. A última alta dos juros havia ocorrido em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após ar um ano nesse nÃvel, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano ado e maio d 3z3t3d



âQuando [a economia] cresce você tem espaço para que a despesa cresça um pouco menos, mas também acompanhe o desenvolvimento do paÃs, mas num padrão e ritmo coerente com a nossa realidade atual. à essa equação que nós queremos fechar até o final do anoâ, explicou, lembrando que há preocupação com a dinâmica futura do arcabouço fiscal, que é o conjunto de regras que determina a gestão das contas públicas do paÃs, da dinâmica entre receitas e despesas.
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- Haddad diz que governo pode rever projeção para o PIB.
- Plano de corte de gastos será levado a Lula após segundo turno.
O ministro informou que o governo vai dialogar com os lÃderes parlamentares na retomada do Congresso após as eleições municipais. âO arcabouço fiscal foi desenhado a muitas mãos, com grande participação no Congresso, então temos condição de olhar para frente e fazer as partes caberem no todo dinamicamente, fazer a evolução da despesa respeitar os constrangimentos pelos quais a economia brasileira a hoje, em função da herança recebida, do nÃvel de endividamento e tudo maisâ.
Segundo Haddad, a Febraban apontou vários caminhos para a sustentabilidade fiscal, desde o equilÃbrio da Previdência e âos efeitos de ter ou não perÃcia sobre a concessão de benefÃciosâ.Â
No encontro, a entidade bancária fez um balanço da reforma trabalhista e do diálogo que mantêm com os sindicatos para âaperfeiçoar o padrão de relacionamento com os trabalhadores, evitando a judicialização desnecessária que implica em custos que vão acabar batendo no custo de créditoâ.
Juros altos 5k4l43
A reunião com o presidente Lula ocorreu a pedido da Febraban para que a instituição pudesse apresentar sua visão sobre a conjuntura econômica e outros temas. Além de Haddad, estavam presentes o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o presidente-executivo da Febraban, Isaac Sidney, e os presidentes dos maiores bancos privados do paÃs - Itaú, Bradesco, Santander e BTG.
Durante o encontro, Lula deu aval para o debate sobre as causas que fazem com que os juros bancários sejam tão elevados no paÃs. A pedido da Febraban, ainda em outubro, deve ser instalado um grupo de trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, que reúne representantes de diversos segmentos da sociedade.
âPercebemos que é um firme compromisso do governo em avançar na busca efetiva do equilÃbrio fiscal, para que as despesas possam, não só caber dentro do orçamento, mas para que possa se equilibrar, para que nós possamos ter uma trajetória de equilÃbrio das despesas. Essa é uma agenda importante. Nós dissemos ao presidente que é fundamental dissipar os ruÃdos, as incertezasâ, disse o presidente-executivo da Febraban, Isaac Sidney.
âO Brasil atravessa um momento de conjuntura econômica bastante positiva, bastante favorável, com a atividade econômica crescendo no patamar elevado, com surpresas de crescimento, com a inflação sobre controle. Mas nós acreditamos que esse é o momento de aproveitar essa janela que o Brasil está crescendo, com a inflação controlada, para que a gente possa, do ponto de vista estrutural, atacar alguns problemas importantesâ, acrescentou o executivo.
Segundo ele, o desejo do setor bancário é ter juros da economia baixos para democratizar o o ao crédito no paÃs. âAos bancos não interessam termos taxas de juros elevadas. Quanto mais altos forem os juros bancários, maior o risco de crédito, maior a inadimplência. O que nós queremos é um ambiente de crédito sadio que possa permitir condições mais favoráveis de concessão de crédito para as famÃlias, para as empresasâ, disse, defendendo que o Banco Central possa reiniciar, âassim que possÃvelâ, o ciclo de queda da taxa de juros no paÃs.
Selic 2m3e2c
Para controlar a inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de PolÃtica Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o colegiado elevar os juros. pela primeira vez em mais de dois anos, na última reunião, em setembro.
A última alta dos juros havia ocorrido em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após ar um ano nesse nÃvel, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano ado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.
A próxima reunião do Copom está marcada para 5 e 6 de novembro, quando os analistas esperam um novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.
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